Levantei, me arrumei e liguei o pc. Eu acordei muito tarde porque tinha ficado até tarde pensando em que roupa vestir e qual surpresa eu deveria fazer. Por conta disso já era 13:00 e o Lucas chegou em casa. Eu fui abrir a porta:
-Oi meu amor
-Ooi amoor. Vem, entra.
- E ai, que horas nós saímos.
-É... você sabe que dia é hoje ?
- Claro... sábado.
-Sim, e o que mais ?
- Ué, você quer a data completa ?
- Aff, Lucas, esquece. Vamos logo vai.
- Aaai que menina esquentadinha.
Saímos pra almoçar em uma lanchonete que é a minha preferida. A decoração é linda cheia de luzes de neon tudo colorido e hamburgueres gigantes. Comemos os melhores hamburgueres como sempre, com muita batata frita e refris gigantes. Se eu engordei ? Magiiiiiiina. Bom, de repente uma voz começou a dizer no auto-falante:
- Um minuto da atenção de todos da Lanchonete favorita da Marcela. Gostaria que a Senhorita Marcela Lima fique de pé por favor. – eu me levantei – E se possível se dirigir ao centro da pista de dança. – eu fui até a pista e tudo ficou escuro. De repente um holofote muito forte veio em cima de mim.- E agora por favor senhor Lucas Vieira prossiga.
O Lucas veio em minha direção se ajoelhou e fez a declaração mais linda com palavras perfeitas demais para que eu possa explicar. Tudo que eu sei é que fiquei vermelha e comecei a chorar. Ele me pegou no colo e disse: eu te amo. E tudo que eu consegui responder foi...nada. Apenas soluçõs irritantes. Eu não parava de chorar !
Saímos de lá e fomos pra minha casa. Eu abri a porta e ele me pegou no colo de novo e fechou a porta com o pé o que fez um barulho muito forte. Ele se sentou no sofá, comigo em cima e eu comecei :
- Eu não sabia... eu... eu pensei que...
- Shiu.... não estraga o momento.
Acho que ele só disse isso pra se vingar das três ou quatro vezes que eu disse isso pra ele semana passada. Então ele disse que as surpresas não tinham acabado e que era pra eu sibir no meu quarto. Eu subi, quando abri a porta, tinha tipo um mural, -aqueles que da pra colcoar imã sabem- em cima da minha cama. Enoooooooooooooooorme! Com milhões de fotos nossas e um recadinho em baixo : nunca se esqueça de mim, eu te amo.
Ok, esse grude ta começando a me encomodar. Deixei o painel lá e desci.
- Amor. – eu disse com uma voz calma – muito lindo !
- Que bom que você gostou. – ele respondeu orgulhoso.
Comecei a sentir ele um pouco tenso, não sei, ele andava assim meio estranho já fazia alguns dias. Mas eu resolvi não dizer nada, afinal, nada podia estragar aquele dia. Ficamos lá em casa e... bom, pulando essas partes intimas né, acabou ficando tarde e ele foi embora. Liguei pra Gi.
- Alô ?
-Gi?
-Ma? Você me ligando ?
- É... preicsava de uma amiga, to atrapalhando ?
- Você nunca atrapalha amigaaaaa! Fala aê. Que que ta rolando ?
- Aáh... hoje aconteceu tudo tão lindo, amanhã dou os detalhes, mas... você sabe o que o Lucas tem ? Não sei ele anda meio estranho...
-É... o Lucas é meio estrainho né amiga ? Não é sonho de consumo de ninguém, só você acha ele bonito e saradinho e também...
-NÃO ! No jeito dele ser... sabe ? Tipo... tá, admito, eu as vezes me pego pensando no...
-PARA TUUDO ! Não diga que...
-Sim, o Rodrigo. Por mais infantil que ele fosse as vezes eu penso nele, e só nos momentos ruins.
- Nossa, porque ?
-Não sei, é estranho, mais estranho ainda é eu não aguentar mais o Lucas de tão grudento que está. Nunca foi assim. Eu que tava grudada nele, que tanto sofri pra conseguir ele e agora que tenho ele só pra mim, perdi a vontade.
- Mais ele não te larga também né... ele não quer nem que você vá estudar na casa dos outros, que você saia, ele implica até com seu short !
-É, isso é dele mesmo sabe ? Ciúmes. Antes era bonitinho, mais agora... AAÁI! Eu nunca mais vou pensar no Rodrigo! Me proibo.
- Acho bom mesmo ! E vai falar com o Lucas.
- Vou. Vou mesmo, nunca me senti tão confiante. Vou mudar essa bagaça e fazer a coisa funcionar direito !
- Isso amiga.
-Tá, to acabada. Vou dormir. Obrigaaaaada Gi.
-Magina amor. Beejos.
-Beejo.
Desliguei o celular. Coloquei o painel embaixo da cama, chega de Lucas por hoje. Dormi.
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