Alguém bateu na porta. Corri pra atender.
- Oi amor.
-Amor... voltou cedo.
-É, demorei menos do que pensei que demoraria – ele disse e me beijou-
- Aáh amor... melhor assim, né ?
- É.
- Vem, senta aqui.
- Ta... ta tudo bem ?
- Ta? Porque ?
Mas, não deu pra esconder, minha mão fria e trêmula deixava claro meu nervosismo. Ele pegou minha mão e disse:
- Conta.
- Eu...ta.. – eu comecei a chorar – o Rafael apareceu aqui.
- De novo ?
- É, e já veio entrando... e ele falou de um jeito que... acho que eu não consegui resistir...
- Vocês se beijaram ?
- A gente...
- Sério ?
- Sério... mas, não foi minha culpa, eu não consegui, eu insisti mas...eu não deu.
- Como não deu ? Vem um cara aqui que ta na cara que te curtiu e você faz isso ?
- Quer saber, eu te perdoei quando a Raquel te beijou!
- É mais você não foi apenas beijada pelo Rafael.
- É mas, não foi minha culpa, como também não foi sua.
- Não sei...
- Você... você ta dizendo que...Lucas... você...- comecei a chorar mais -
- Ma, eu vou embora.
- Lucas...
- Sem Lucas, Marcela.
- Você devia me amar quando eu menos mereço, porque é quando eu mais preciso.
- É, deve ser... Tchau.
E ele se foi. O Lucas, o meu pra sempre, meu único amor... por causa de uma burrice. Anotar: nunca se meter com meninos extramente bonitos e sedutores.
Passou uma semana mais ou menos. Não tenho certeza proque me tranquei no quarto e não liguei computador, nem tv. Não tomei banho, não comi, não fui no banheiro, não levantei, não me maquiei. Só chorei.Cansei.
Peguei meu celular, liguei pra Jenny. Caixa postal. Ela foi acampar com o Diego, acho que lá não pega celular.Liguei pra Gi, ninguém atende.
Os pais do Gabriel estão viajando, acho que ela nem lembra que tem celular a uma hora dessas.
Pensar em me matar agora não seria tão ruim.
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