Acordei no chão do meu quarto, não lembro como e nem porque.Minha cabeça doía muito e só de uma coisa eu sabia: eu odiava o Pedro. Mais do que tudo.
Olhei pro lado e meu celular estava piscando. Mensagem do Pedro. Nem li, apaguei na hora. O telefone tocou:
- Ai.. alô ? – eu disse
- Gabi ? Ai, ainda bem. O que aconteceu ? Eu te liguei, te mandei mensagens. Pra onde você foi ? Você saiu correndo e sumiu.
- Ué, achei que você poderia encontrar outra lá né. Afinal, você pode, e esava coms eus amigos pegadores. Arranja qualquer uma que pra você é fácil.
- Você ficou brava por isso? Amor...
- Sem amor. Não sou seu amor. E quer me fazer um favor? Apaga meu telefone dos seus contatos e ve se me esquece. Já cansei das suas babaquices. Todas elas. Eu vivo perdoando... só isso que eu faço. Acontece que eu não sou trouxa. Cansei de você.
Desliguei na cara dele.Uma onda de raiva maior ainda subiu minha cabeça. Comecei a chorar.
Depois desse acontecimento, eu recebia telefonemas diários do Pedro que nunca eram atendidos, claro.Alguns meses se passaram e os telefonemas continuavam. Até que um dia...parou. Ele desistiu de mim. E pelo visto, eu acho que desisti tinha desistido de mim mesma... e dele também. Acontece que... sem o Pedro, não sei bem quem eu sou. A gente ficou junto desde a infância. Desde sempre foi nós, a gente, juntos, não eu sozinha.Eu não sabia bem o que fazer e nem bem pra onde ir. As coisas passaram a ficar estranhas. Os dias mais compridos, as noites mais silenciosas.Meu celular e nada era a mesma coisa, só que, pior ainda, eu não conseguia mais me concentrar.Não fiz uma única roupa todo esse tempo. E o dinheiro pra faculdade agora ?Ferrou tudo. Minha vida acabou. Eu podia ir la e pedir desculpa por ele ser machista. Mas não se chega pra alguem e se diz: “oi, vamos voltar a namorar porque eu preciso ter dinheiro pra faculdade” Isso soôu pior ainda agora.
Não sei... saí pra tomar um sorvete. Precisava superar as coisas que tinham acontecido.Então resolvi cortar pela raiz. Nada como o lugar onde praticamente tudo começou.
Entrei lá e fui direto para a mesa de sempre. Estava pensando em pedir o de sempre quando olhei pra mesa e me surpreendi. Não vi ninguém mais ninguém menos do que ele... Pedro... sentado lá. Do mesmo jeito... comendo a nossa banana split especial.
Fiquei sem saber o que fazer. E aí ? Eu ia la, eu ia embora, eu sentava em outro lugar ? Respirei fundo. Olhei em volta e vi como eu estava idiota plantada no meio da sorveteria e provavelmente sendo vitima de comentários. Eu não estava muito arrumada e bateu aquela velha insegurança, mas pensei bem, respirei fundo e andei até a mesa.
- Parece que a gente teve a mesma idéia – eu disse me sentando
- Você... me seguiu até aqui ? – Pedro disse
- Não, eu só queria cortar o mal pela raiz e...- vacilei – tentar... te esquecer.
- Vindo no lugar que a gente sempre se encontrava e onde tudo começou ?
- Bom eu... queria ver se eu conseguiria vir aqui sem ficar frustrada ou algo do tipo.
- Bem pensado.
- Eu sei. – eu disse e ficamos em silêncio por um minuto
- Se você quer saber... – ele começou
- Saber o que ?
- Naquele dia...eu só queria parecer legal. Vivem me zoando por que não quero ficar com várias e digo que te amo de verdade. Eu faço comentários como esses porque... na verdade, não sei por que me importo.
- Acho que posso entender.
- Pode ?
- Posso tentar.
- Sabe que esses foram os piores meses da minha vida ?
- Então porque parou de ligar ?
- Bom... primeiro eu não sabia bem o que dizer.O que poderia ser?Tipo “oi, desculpa por quase gritar na sua cara que sou pegador” Pensei em textos decorados mas nada daria certo.Além do mais, tive uma idéia melhor, e deu certo de primeira.
- Deu ? – eu perguntei
- Não deu ? – ele disse me olhando e colocou sua mão sobre a minha
- Acho que sim. – eu disse e sorri
Não sei porque, mas de certa forma eu estava envergonhada de novo, aquele friozinho na barriga. Acho que é aquela sensação de ser reconquistada...é igual a sensação de começar, porque, é como se fosse um começo de novo, então, um recomeço.
Fomos pra minha casa e quando abri a porta, vi que eu tinha uma carta no chão.Era da faculdade.Não tive duvidas abri na hora.
Sentei no sofá, comecei a ler e...consegui a bolsa.Nossa, eu vou estudar de graça na melhor faculdade de todas.Com 18 anos eu já tinha terminado o colégio então eu já poderia entrar esse ano. Nossa, meu namorado de volta e a faculdade dos meus sonhos em um dia.Dei um grito de alegria.Abracei o pedro com toda a minha força. Nada poderia me deter agora. Olhei pra ele e tranquei a porta. Ele fechou as cortinas e depois chegou perto e me beijou...
Olhei pro lado e meu celular estava piscando. Mensagem do Pedro. Nem li, apaguei na hora. O telefone tocou:
- Ai.. alô ? – eu disse
- Gabi ? Ai, ainda bem. O que aconteceu ? Eu te liguei, te mandei mensagens. Pra onde você foi ? Você saiu correndo e sumiu.
- Ué, achei que você poderia encontrar outra lá né. Afinal, você pode, e esava coms eus amigos pegadores. Arranja qualquer uma que pra você é fácil.
- Você ficou brava por isso? Amor...
- Sem amor. Não sou seu amor. E quer me fazer um favor? Apaga meu telefone dos seus contatos e ve se me esquece. Já cansei das suas babaquices. Todas elas. Eu vivo perdoando... só isso que eu faço. Acontece que eu não sou trouxa. Cansei de você.
Desliguei na cara dele.Uma onda de raiva maior ainda subiu minha cabeça. Comecei a chorar.
Depois desse acontecimento, eu recebia telefonemas diários do Pedro que nunca eram atendidos, claro.Alguns meses se passaram e os telefonemas continuavam. Até que um dia...parou. Ele desistiu de mim. E pelo visto, eu acho que desisti tinha desistido de mim mesma... e dele também. Acontece que... sem o Pedro, não sei bem quem eu sou. A gente ficou junto desde a infância. Desde sempre foi nós, a gente, juntos, não eu sozinha.Eu não sabia bem o que fazer e nem bem pra onde ir. As coisas passaram a ficar estranhas. Os dias mais compridos, as noites mais silenciosas.Meu celular e nada era a mesma coisa, só que, pior ainda, eu não conseguia mais me concentrar.Não fiz uma única roupa todo esse tempo. E o dinheiro pra faculdade agora ?Ferrou tudo. Minha vida acabou. Eu podia ir la e pedir desculpa por ele ser machista. Mas não se chega pra alguem e se diz: “oi, vamos voltar a namorar porque eu preciso ter dinheiro pra faculdade” Isso soôu pior ainda agora.
Não sei... saí pra tomar um sorvete. Precisava superar as coisas que tinham acontecido.Então resolvi cortar pela raiz. Nada como o lugar onde praticamente tudo começou.
Entrei lá e fui direto para a mesa de sempre. Estava pensando em pedir o de sempre quando olhei pra mesa e me surpreendi. Não vi ninguém mais ninguém menos do que ele... Pedro... sentado lá. Do mesmo jeito... comendo a nossa banana split especial.
Fiquei sem saber o que fazer. E aí ? Eu ia la, eu ia embora, eu sentava em outro lugar ? Respirei fundo. Olhei em volta e vi como eu estava idiota plantada no meio da sorveteria e provavelmente sendo vitima de comentários. Eu não estava muito arrumada e bateu aquela velha insegurança, mas pensei bem, respirei fundo e andei até a mesa.
- Parece que a gente teve a mesma idéia – eu disse me sentando
- Você... me seguiu até aqui ? – Pedro disse
- Não, eu só queria cortar o mal pela raiz e...- vacilei – tentar... te esquecer.
- Vindo no lugar que a gente sempre se encontrava e onde tudo começou ?
- Bom eu... queria ver se eu conseguiria vir aqui sem ficar frustrada ou algo do tipo.
- Bem pensado.
- Eu sei. – eu disse e ficamos em silêncio por um minuto
- Se você quer saber... – ele começou
- Saber o que ?
- Naquele dia...eu só queria parecer legal. Vivem me zoando por que não quero ficar com várias e digo que te amo de verdade. Eu faço comentários como esses porque... na verdade, não sei por que me importo.
- Acho que posso entender.
- Pode ?
- Posso tentar.
- Sabe que esses foram os piores meses da minha vida ?
- Então porque parou de ligar ?
- Bom... primeiro eu não sabia bem o que dizer.O que poderia ser?Tipo “oi, desculpa por quase gritar na sua cara que sou pegador” Pensei em textos decorados mas nada daria certo.Além do mais, tive uma idéia melhor, e deu certo de primeira.
- Deu ? – eu perguntei
- Não deu ? – ele disse me olhando e colocou sua mão sobre a minha
- Acho que sim. – eu disse e sorri
Não sei porque, mas de certa forma eu estava envergonhada de novo, aquele friozinho na barriga. Acho que é aquela sensação de ser reconquistada...é igual a sensação de começar, porque, é como se fosse um começo de novo, então, um recomeço.
Fomos pra minha casa e quando abri a porta, vi que eu tinha uma carta no chão.Era da faculdade.Não tive duvidas abri na hora.
Sentei no sofá, comecei a ler e...consegui a bolsa.Nossa, eu vou estudar de graça na melhor faculdade de todas.Com 18 anos eu já tinha terminado o colégio então eu já poderia entrar esse ano. Nossa, meu namorado de volta e a faculdade dos meus sonhos em um dia.Dei um grito de alegria.Abracei o pedro com toda a minha força. Nada poderia me deter agora. Olhei pra ele e tranquei a porta. Ele fechou as cortinas e depois chegou perto e me beijou...
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