Sabado, 4:30, campainha toca. Uau, nunca imaginei que ele realmente encontraria minha casa.Não chamei ele para entrar afinal, eu não quis.Estava com meu shortinho jeans, meia calça preta, sapato e uma blusinha tomara-que-caia branca. Não me julguem.Eu estou me sentindo pouco arrumada. Peguei minha bolsa e abri a porta.
- Oi. – ele disse com um buquê de rosas nas mãos.
- Oi – eu disse sem saber o que fazer.
- São pra você. – ele disse. Eu pude sentir o quanto ele estava envergonhado.
- São lindas. Obrigada. Vamos ? – eu disse pegando o buquê.
Fomos ao cinema.Chegando lá, decidimos ir para a lanchonete, porque estava cheio demais. Fomos. Dessa vez, pedi um hamburguer diferente. Chega, inovar! Comemos e começamos a converssar.
- Então.... – eu disse
- Gostou ? – ele perguntou
- Adorei. Adoro aqui.
- Você parece meio... triste. Fiz algo errado ?
- Não, você fez tudo certo. Eu... to preocupada.
- Com oque?
- Não... não quero estragar o dia.
- Me conta. Você confia em mim ?
- Eu... – me senti contra a parede – não fui aceita na escola de teatro que eu tanto queria entrar.Não sei o que vai ser do meu futuro então.
- Nossa...desculpa. Não sabia...
- Relaxa. Vou ficar bem. Pra onde vamos agora ?
- Eu ia dizer...para irmos pra minha casa, mas.... achei que você ficaria ofendida.
- Não, podemos ir.
- Sério ?
- Sério.
Me senti estranha na casa de um menino que não fosse o Gustavo.Mesmo assim, fiquei feliz. Estava seguindo em frente. Quando chegamos, a casa estava vazia. Tinha um sofá enorme e quatro poltronas nos lados. Uma televisão de plasma imensa no meio da sala e puffes em cima do tapete central.
As janelas enormes estavam escondidas atrás das brancas cortinas que não permitiam a entrada do pouco sol que restava naquele fim de tarde.
Sentei no sofá e ele ligou a televisão na MTV.
- Quer beber alguma coisa ? – ele perguntou -
- Ainda tô muito cheia, obrigada.
Ele sentou do meu lado e pegou minha mão olhando fixamente em meus olhos.
- Você...- ele gaguejou – vai me dar aquela chance ?
- Você vai me decepcionar ? – perguntei
- Nunca. – ele respondeu e me beijou.
A noite caiu e nós ainda estavamos lá.Meu coração estava acelerado como nunca ficara antes.Ele puxou minha cintura pra mais perto dele. Ele beija estranhamente bem pra um...nerd.
- Você.. vo..você é... minha namorada. E só minha. – ele tentou parecer confiante
- Não vamos rotular agora, esta bem ?
- Tudo bem...
- Acho que esta ficando tarde. Melhor eu ir.
- Fica mais um pouco.
- Vai ficar escuro demais pra eu voltar.
- Ok.
Dei um beijo nele e fui embora.
Ai... não me sinto bem assim faz tempo.Na verdade, minha vontade é de não voltar pra casa.Esse gosto de liberdade.Talvez não dure muito. Preciso aproveitar. O luar iluminava as ruas da cidade. A brisa quente daquele dia de inverno (realmente, o tempo anda louco!) batia em meu rosto. Continuei andando.
Cheguei em casa.Subi pro meu quarto. Me tranquei. Coloquei um pijama. Apaguei.
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