terça-feira, 5 de outubro de 2010

Fic : Meu eterno amor cap 5

   Na segunda-feira tentei ficar o mais longe do Gustavo. Eu não poderia resistir se ficasse sozinha com ele de novo. Mas só de sentir o perfume que eu dei pra ele e vê-lo escrevendo na aula de Português eu já tinha vontade de gritar que o amava.
   Resolvi sentar sozinha no intervalo, queria clarear minhas idéias. Mas, infelizmente não foi bem isso que aconteceu....

- Oi – disse um menino nem alto nem baixo, magro e loiro -
- Oi. – respondi -
- Acho que você me acha invisível....
- Como ? – indaguei -
- Na festa da Gabi,sua amiga apontou pra mim não para meu amigo.
- Acho que não estou entendendo.
- Olha, eu juntei toda a coragem do mundo e quando eu disse oi quase vomitei de nervoso. O que quero dizer é que... você deveria ficar comigo. Não com o Gustavo que não liga pra você nem com o Anderson que só quer saber de pegar meninas. Aposto que ele ainda não te ligou.
- Acho que dizer que quase vomitou quando veio falar comigo não é algo que se diga quando vai se declarar para uma garota. E se ele ligou ou não.... o que te importa?
- Importa porque te amo. Te amo desde seu primeiro dia aqui no colégio. Vou ao seu trabalho sempre, você nunca atende minha mesa, mas poder te olhar por algumas horas pra mim é o suficiente. – ele se sentou ao meu lado e encostou na minha mão – Porque você nunca percebeu ?
- Talvez porque você nunca disse nada – eu disse tensa -
- Thais....
- Como sabe meu nome ? Qual o seu nome ?
- Pedro. Estou aqui para tudo que precisar.
- Hum, bom saber. Você consegue tornar minha vida menos extressante?
- Se você vier comigo, eu posso tentar. Me da uma chance de te fazer feliz ?
- Nem nos conhecemos direito.
- Eu conheço você e muito. Sem que adora cadernos coloridos. Sei que gosta de cachorros e adora se vestir para arrasar, sei que tem mania de bater com a borracha na ponta do lápis no caderno quando esta entediada nas aulas de matemática sei que...
- Chega. Entendi. Mas eu não te conheço. Precisamos... converssar mais. Aí, quem sabe você ganha essa chance.
- Ta bom. – ele disse com seus olhos verdes brilhando – Vamos sair nesse sábado ?
- Pode ser.Acho que tudo aconteceu mais fácil do que você imaginou.
- Digamos que... se eu não morri e não estou sonhando, sou o cara mais feliz do mundo. – ele disse dando um beijo na minha bochecha e saiu andando -
   É, isso foi estranho.Fui pra casa. Cara, que cheiro horrível. Acho que não contei... meus pais são... digamos, problemáticos.Eles cada hora inventam algo novo e agora querem entrar para um concurso de culinária. A casa inteira cherava queimado. Preciso sair logo daqui.Meu plano sempre foi, estudar, trabalhar, ter dinheiro, ir pra faculdade, arrumar um emprego, comprar uma casa e internar meus pais em uma clínica de reabilitação.Merda, odeio ser de uma família estranha. Porque não tenho pais normais, uma casa normal, uma vida normal, um namorado normal?
   Anotar: Preciso fazer a vida valer mais a pena.
   Subi pro meu quarto. Deitei na cama. Meu telefone tocou.
- Alô ? – eu disse canssada -
- Oi, eu to encomodando? – disse uma voz que não me era estranha -
- Quem é ?
- Pedro.
- Aaaaah, sim. Magina, pode falar.
- É que... não marcamos um lugar ou horário....
- Ah, claro. Podemos... ir no cinema.
- Sim, e depois em um lanchonete.
- Ta. Umas 4:30 então ?Você passa aqui pra me buscar.
- Ta, me passa seu endereço.
- Aáh bonitão, você descobriu meu telefone. Descubra meu endereço. Beeeeeijo.
   Desliguei. Me senti má por um minuto.

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