terça-feira, 4 de outubro de 2011

Não me prendo

   Não sou do tipo que se prende. Que chora porque a amiga vai viajar. Que fica de luto porque o namorado não pode ficar junto... esse tipo de coisa. Ok, eu chorei extremamente quando a Tabatha foi embora. Mas ela ia pra África do Sul sem data pra voltar, fazia sentido.
   Mas, eu sinto falta do meu avô. Sinto mesmo, e ele nem meu avô de verdade era. Padrasto do meu pai. Vodrasto?  E, ok, ele é a ultima pessoa da vida que você vai olhar e falar: nossa, que bondoso esse senhor, vamos fazer um pique nique com ele na praia. Mas mesmo assim.
   E o pior, - ou melhor, não sei - é que não tenho lembranças nítidas dele. Eu era pequena, ele morreu, ninguém me explicou nada. Ninguém explica ainda. Ou esqueceu, ou não quer mesmo.
   De qualquer forma, eu acho realmente, que algumas coisas acontecem porque precisam acontecer. Não que TUDO aconteça porque tem que acontecer e é o destino. Mas, nesses casos, eu acho.
   Não me prendo a ninguém, mas me prendo a essas lembranças. Me pego magoada, sem um motivo concreto...lembro dele.
   Parece que eu quero ser melancólica mas eu to minimizando o máximo possível.
   Só queria dizer, pra todo mundo que tem vô ou vó, pra aproveitar. Eu sei, parece papo de mãe, mas é sério. Eles são as pessoas que mais te amam e que morreriam por você. Pode parecer chato os apertos de bochechas eas histórias de 1812, mas você faz ficar chato. Você não conta como foi seu dia, o que você fez, e eles querem converssar. Meu avô-não-avô-meio-avô nunca fez nada disso. Ele comprava pizza, bolacha, refrigerante, minha vó fazia bolo mas... tudo que eu ouvia dele era a reclamçaõ porque a tv estava ligada logo cedo.
   Eu ainta tenho um, e espero não deixar passar como eu deixei ou meu outro avô deixou. Tem coisas que  agente não deveria esperar acontecer pra perceber que sente falta, sendo que ja será tarde demais.
beijo amores 

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